É considerado um dos melhores e mais experientes repórteres fotográficos de guerra do Mundo. Em Outubro de 2010, ao serviço do «New York Times», pisou uma mina no Afeganistão e perdeu as pernas. Passado um ano entrou na maratona de Nova Iorque numa cadeira de rodas e quer voltar a trabalhar para o New York Times.
João Silva afirmou-se «grato ao povo e ao Governo portugueses» pelo reconhecimento de uma carreira que considerou, simultaneamente, «uma paixão». Considerando-se «cem por cento português com o coração dividido entre a África do Sul e Portugal», o fotojornalista garantiu em declarações à Lusa que o momento presente marca «o início de uma nova incursão pelo mundo da fotografia, agora em terrenos menos turbulentos, mas que poderão incluir as mesmas zonas de conflito, apesar das limitações físicas».
«Mesmo nos momentos mais difíceis, quando estive entre a vida e a morte, sempre acreditei que sobreviveria. E depois de recuperar a mobilidade, primeiro em cadeira de rodas e depois com o auxílio das próteses, percebi que a fotografia iria continuar a ser a minha ocupação e a minha paixão de sempre. Não sei se voltarei a fotografar conflitos, mas de certeza que voltarei ao Afeganistão», disse à Lusa o repórter-fotográfico, que foi em 2011 recebido na Casa Branca pelo presidente norte-americano, Barack Obama, que o felicitou pela sua coragem e pelo seu trabalho como correspondente de guerra.
Algumas das suas fotografias.
Fotografias - Agência Lusa
Assista aqui a uma entrevista sua à RTP.
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