17 fevereiro 2012

Faz hoje anos ... nascimento de Gago Coutinho





A 17 de Fevereiro de 1869, nasceu, em Lisboa, Carlos Viegas Gago Coutinho, almirante português que, em 1922, realizou, com Sacadura Cabral, a primeira travessia aérea do Atlântico Sul.

Devido aos fracos recursos materiais, o seu pai não lhe pode satisfazer a vontade de ir frequentar um curso de Engenharia na Alemanha. Por esse motivo, Carlos Coutinho seguiu a carreira de marinheiro em Portugal, alistando-se na Marinha e entrando para a Escola Naval, onde "conheceu" uma rápida e brilhante ascensão.

Entre 1898 e 1918 dedica-se principalmente à função de geógrafo e foi numa destas missões, em Moçambi que (1907), que conheceu Sacadura Cabral, que viria a ser o seu companheiro da travessia do Atlântico Sul (Lisboa - Rio de Janeiro). Em 1922, no contexto das comemorações do centenário da Independência do Brasil, os dois aviadores realizaram a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, sendo recebidos entusiastica mente em várias cidades do Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo, Recife), bem como no regresso a Portugal.








O almirante tinha muito orgulho na sua ascendência plebeia. Segundo o próprio, gostava de passear incógnito por terras de Portugal (Lisboa e Rio de Janeiro). Era grande o seu amor pelo Brasil, mas também adorava a cidade de Lisboa e o bairro (Madragoa) onde viveu cerca de 70 anos. 

Gago Coutinho foi um ilustre cidadão, de grande independência de carácter, de espírito democrático, honesto e trabalhador. O seu carácter multifacetado e espírito empreendedor prometiam uma prestimosa carreira, não só como navegador marítimo e geógrafo, mas também como precursor da navegação aérea astronómica. Era frontal e rígido, afirmando: «Gosto de controvérsias, de tudo o que possa esclarecer, pois sou comunicativo como todos os homens do mar. Gosto da discussão que faz luz...». Também muito espirituoso, tinha sempre uma resposta de espírito pronta para dar, ou uma anedota para contar. Um dia, alguém lhe perguntou como tinha atravessado África a pé. Resposta rápida de Carlos Coutinho: «Como havia de ser? Com as botas rotas, para a água sair mais à vontade, porque, para entrar, entrava sempre.»




Faleceu a 18 de Fevereiro de 1959.

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